A Paróquia
Santuário Cristo Redentor – Paróquia Cristo Redentor
Comunidade do Verbo Divino
É uma comunidade dos Padres do Verbo Divino
Os padres que trabalham nesta paróquia pertencem à Congregação do Verbo Divino (SVD) cujos membros são chamados de “Verbitas” e de várias nacionalidade (é uma congregação internacional). É uma congregação que foi fundada no dia 08 de setembro de 1875 pelo Pe. Arnaldo Janssen na Alemanha. Esta congregação tem como razão de ser e a finalidade a atividade missionária. Seus membros trabalham, primeiro e antes de mais nada, onde o Evangelho ainda não foi anunciado, ou o foi insuficientemente, e onde a Igreja local ainda não é auto-suficiente. “Na qualidade de membros da Congregação do Verbo Divino consideramos nosso dever anunciar a Palavra de Deus a todos os povos, criar novas comunidades do Povo de Deus e promover-lhe o crescimento e a união entre si e com a Igreja inteira” (Constituição SVD, 102). Atualmente a SVD tem 6.096 membros espalhados em cinco continentes. Foi aos 16 de Março de 1895 que chegaram os primeiros missionários do Verbo Divino à cidade de Cachoeiro de Santa Leopoldina, ES (Brasil).
Da Paróquia de Santo Cristo dos Milagres à Paróquia Cristo Redentor.
A Cúria metropolitana do Rio de Janeiro pediu que a SVD trabalhasse nessa diocese, a exemplo de outras congregações. Renovou o pedido em fins de 1919 com maior insistência. A SVD aceitou trabalhar na paróquia de Santo Cristo dos milagres (já foi entregue de volta à diocese) e foi designado o Pe. Helenbrock como vigário que tomou posse em 31 de janeiro de 1920, tendo ao seu lado como coadjutores os padres Martinho Weber, Guilherme Münster e Roberto Bonk. Essa paróquia era bastante pobre: “Pelo lado material a paróquia de Santo Cristo dos milagres nada de atraente tem, pois se compõe em maioria de elementos pobres”, escreveu Pe. Helenbrock.
Em 1944 a paróquia teve a visita pastoral do Exmo. Sr. Arcebispo D. Jaime de Barros Câmara que teve palavras de alto louvor aos trabalhos dos Padres do Verbo Divino e do bom espírito religioso que encontrou no povo de Santo Cristo. Imagine, na época os centros da catequese eram freqüentados por mais de 1.000 crianças.
Além dos trabalhos paróquias os padres verbitas também davam a assistência como capelães nos hospitais como no Hospital de Nossa Senhora da Saúde (Gamboa), no Hospital de São Francisco de Paula (na rua General Canabarro) e no Asilo do Bom Pastor.
Mais tarde surgiu a idéia dos superiores da Congregação do verbo Divino de querer ter uma casa maior (uma residência) no Rio de Janeiro para atender aos múltiplos interesses da província (da Congregação): para confrades enfermos, reconvalescentes, ou outros de mera passagem pela Capital ou para ter contato mais fácil com as autoridades eclesiásticas e civis.
Ao saber que a SVD estava querendo comprar um terreno para construir uma casa maior, apareceram, então, várias ofertas à venda de prédios na Rua das Laranjeiras. Entre estas foi dada a preferência ao “Metrópole Hotel”, casa número 519, da mesma rua. A SVD comprou o “Metrópole Hotel” em 1930.
No início fez-se um pensionato para estudantes acadêmicas que recebeu o nome “Instituto Acadêmico Albertino” (nome dado pelo Pe. Agostinho Jänsch,SVD) no dia primeiro de Janeiro de 1932. A casa se fundou com o fim de abrigar estudantes católicos do Interior, oferecendo-lhes um aconchego tranqüilo, condição indispensável para um bom estudo. Foi o Senhor Excia. Cardeal Sebastião Leme que abençoou a fundação da casa. Na época o número dos estudantes chegou até 90. Mas em Maio e Novembro de 1937, o Pe. Manoel Könner, provincial na época, decidiu sustar a pensão dos estudantes, no sentido de alugar-lhes apenas quartos para morar, que aos poucos os estudantes foram todos embora, pois a Congregação estava pensando em construir uma igreja sobre o terreno (nesse ano Pe. Paulo Calovini era o diretor do Instituto). O Instituto foi fechado definitivamente em fins de 1941.
Na época não havia capela. Os Padres celebravam a missa na Matriz da Glória ou no Convento de Santo Antônio. Por iniciativa do Pe. Teodoro Tenschert,SVD, superior local, construiu-se, então, uma capela que começou a funcionar em fins de Abril de 1932 e que serviu durante 10 anos, pois depois foi demolida. Essa capela era bem freqüentada pelas famílias da vizinhança. E o movimento religioso aumentava de semana a semana.
Em 1940 houve um capítulo provincial e o Pe. José Richter voltou com a autorização para fazer uma planta de uma igreja a ser construída no terreno das Laranjeiras. Mas o Superior Geral pediu que fizesse não só uma planta para uma igreja, mas também para uma residência. Foram necessários dois anos para ter a aprovação da Prefeitura para essa construção.
Começou-se, então, a demolição da casa antiga e da capela para dar lugar a construção do Santuário de Cristo Redentor e da residência que terminou em 1943. Em Maio de 1944 tiveram início as obras da nova residência e da igreja. Em 3 de Dezembro de 1944 celebrou-se a cerimônia do lançamento da pedra fundamental da igreja, oficiada pelo Exmo. Sr. Arcebispo Dom Jaime de Barros Câmara. O local recebeu o nome “Cristo Redentor”, em vez de “Instituto Albertino”. O superior local era o Pe. José Richter. Com ele moravam nessa casa os padres Paulo Freymann, Guilherme Münster, Guilherme Dold, José Maria Wisniewski e Irmão Solano.
A Paróquia de Cristo Redentor foi criada em 1945 e inaugurada em 20 de Janeiro de 1948.
Se o Santuário de Cristo Redentor passou a ser chamado de a Paróquia de Cristo Redentor, agora a capela no alto do Corcovado recebeu o nome de o “Santuário de Cristo Redentor”. Deus seja louvado!!
Pe. Vitus Gustama, SVD
São Arnaldo Janssen e São José Freinademetz
“Muitos rostos, um só coração”. Com esse lema, as congregações missionárias fundadas por Arnaldo Janssen (1837-1909) celebram, no dia 5 de outubro, dez anos da canonização do seu fundador. Na mesma data, também foi canonizado o Bem-Aventurado José Freinademetz, verbita, missionário na China.
Quando Arnaldo Janssen começou a sua obra, isto é, a fundação de uma casa missionária, ninguém acreditava no êxito. Mas contra toda a expectativa, Arnaldo deu conta do recado. Desabrochou, cresceu, mostrou o que Deus pode realizar quando alguém se deixa guiar pela sabedoria que vem do alto. Aí está o segredo do Pe. Arnaldo: fazia um esforço extraordinário para conhecer, passo a passo, a vontade de Deus.
Tinha uma maneira toda sua de discernir a vontade do Senhor. Assim, foi uma vida que deu certo.
Quatro anos depois de fundar a primeira casa missionária, Arnaldo Janssen mandou os primeiros dois missionários para a longínqua China. Um deles era o Pe. José Freinademetz, um jovem sacerdote de 27 anos que, naquela terra estranha, sofreu a maior decepção. Ninguém estava interessado no anúncio do Evangelho. Aos poucos, foi conquistando os corações dos chineses. Foi sua extrema bondade e uma paciência de Jó que convenceram Pe. José a nunca mais voltar à sua terra natal. Trabalhou por quase 30 anos no meio daquele povo e seu trabalho produziu bons frutos.
Há 10 anos que Pe. Arnaldo Janssen e Pe. José Freinademetz foram canonizados. São 10 anos de reconhecimento oficial da Igreja pelo trabalho de difusão do ideal missionário por eles realizado.