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A Imagem Mais Estudada e Pesquisada, que está em Turim

Preciosidades da Nossa Igreja – 1ª PARTE

1. A Imagem Mais Estudada e Pesquisada, que está em Turim

Trata-se da imagem de um homem supliciado e crucificado, vista no Sudário de Turim- também chamado Santa Síndone, Santo Lençol ou Santo Linho-, fino pano de linho medindo 4,37 m x 1,11 m, relíquia guardada na Catedral da Cidade de Turim, Itália, em dispositivo especial tecnologicamente concebido para sua preservação. Em uma das faces desse tecido encontra-se a impressionante imagem do corpo desse homem, subdividida em duas partes dispostas no sentido longitudinal, sendo uma vista de frente em seguida à outra, vista de costas. De tempos em tempos, essa relíquia é exposta à visitação pública; a próxima, anunciada recentemente, ocorrerá no ano de 2010( antes estava prevista para 2025 ). Um sem número de estudos e investigações vêm sendo desenvolvidos ao longo do tempo, envolvendo inclusive diversasáreas técnico-científicas, sem que fosse possível precisar-se, em meio às várias hipóteses e teorias formuladas, o exato mecanismo de formação da imagem, que curiosamente aparece na camada mais superficial desse pano. Sem dúvida, um mistério prodigioso, diante do qual muitos têm-se curvado! Dentre os exames feitos, encontra-se o de sua datação pelo carbono-14 na década de 80 do século passado, com a conclusão de que o Sudário seria uma peça da Idade Média, frustrando os que supostamente relacionavam-no ao momento da ressurreição de Cristo, quando uma radiação especial, e não lesiva para o tecido, nele teria deixado impressa a maravilhosa imagem. Essa datação, consistindo portanto num dado negativo, ao gosto de muitos críticos, constitui um dos vários elementos de contestação e polêmica, até maliciosamente utilizados com freqüência para negar a autenticidade do Sudário de Turim. Entretanto, o resultado dessa datação foi posto abaixo, pois novos carbonos, com certeza, foram em grande quantidade adicionados ao pano com o correr do tempo, sabendo-se que o Sudário sofreu a ação de incêndio e a contaminação por microorganismos durante muitos séculos em que não estava sob a ação de recursos tecnológicos para sua preservação e proteção que vieram a ser adotados.

Apreciando-se alguns aspectos, abaixo em destaque, torna-se impossível dissociar-se a imagem do Sudário da pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador, que sempre se revela à sua Igreja e, por seu intermédio, a toda a humanidade. Vamos questionar-nos considerando basicamente as principais características dessa imagem, focalizando em especial as duas seguintes, que nos parecem merecedoras de maior destaque, a fim de orientar nosso pensamento em relação à sua procedência e ao seu significado.Tais características, com as orrespondentes indagações, conduzem-nos a avivar a idéia de que o Sudário de Turim seja uma peça “AQUIROPITA”, tendo origem ou autoria única.

1.1. Inversão Fotográfica

O que dizer das fotos que apresentam uma inversão entre o positivo e o negativo? Sim, a imagem, vista diretamente no pano- e que corresponde ao positivo fotográfico- é uma imagem fraca, tênue, de difícil visualização e imperceptível a curta distância( menos de 3 metros ), ao contrário do negativo, em que curiosamente a imagem mostra-se muito mais nítida e com aspecto de estar em relevo. Essa inversão é observada desde 1898, quando, em Turim, o Advogado Secondo Pia fez, pela primeira vez, a fotografia da relíquia, ficando ele de tal forma estupefato no momento em que procedeu à revelação da foto. Visando a nsejar uma boa reflexão sobre a face do Senhor, expomos em seguida uma foto desse rosto, com seu positivo e seu negativo, dispostos lado a lado, em que podem ser apreciadas as mencionadas diferenças. Essa extraordinária inversão fotográfica foi observada em outras fotos oficiais da relíquia feitas posteriormente.

Santo Sudário – Imagens fotográficas da face. Esquerda: em positivo, com aspecto de negativo, como é vista na relíquia. Direita: em negativo, com aspecto de positivo( inversão negativo-positiva ). E pensamos: o pedido do rei Davi foi atendido: “Mostrai semblante sereno ao vosso servo”( Sl 30, 17). Diversos outros Salmos também referem-se à face do Senhor.

1.2. Tridimensionalidade

O que dizer da tridimensionalidade da imagem, não apenas perceptível normalmente pelo aspecto em relevo, mas pela primeira vez atestada em 1978 graças a um analisador de imagens, utilizado pelo grupo norte-americano responsável pela pesquisa do Sudário STURP( Shroud of Turin Research Project ), que naquele ano deslocou-se para Turim com todos os equipamentos necessários? Por outro lado, com nova técnica fotográfica, criada e desenvolvida por Barrie Schwortz, um dos integrantes do STURP, foram obtidas imagens dotadas de relevo e nitidez evidentes, as quais podem ser apreciadas em http://www.shroud.com, site por ele editado e publicado.

1.3. Contemplação das Imagens

Admiremos as fascinantes imagens da face e de corpo inteiro( visto de frente ), que são apresentadas na página da Internet acima referenciada:

Caro leitor, olhe atentamente para estas imagens, tendo as pálpebras um pouco contraídas; observe que a sensação de relevo ou tridimensionalidade então se acentua. E vem-nos a seguinte pergunta: trata-se ou não de imagens “AQUIROPITAS”?

1.4. Sudário: Relíquia Autêntica?

Cabe aqui proceder-se às seguintes interrogações:

Você sabia que no congresso “Síndone 2000”, que teve lugar em Orvieto- Itália no ano de 2000, com a presença de eminentes cientistas de diversos campos de atuação- e de diferentes credos religiosos ou mesmo agnósticos-, foi emitido um pedido à Santa Sé no sentido de declarar o Sudário de Turim como autêntica relíquia de Jesus Cristo?

Você sabia que foi realizado na Cidade do Rio de Janeiro, de 27 a 29 de junho de 2002, um congresso internacional sobre o Santo Sudário, com cerca de 450 participantes inscritos e em que foram proferidas 24 conferências a cargo de 14 grandes estudiosos e pesquisadores provenientes de 8 países( Itália, Estados Unidos, França, Portugal, Austrália, Argentina, Peru e Brasil ), abrangendo temas atinentes a diversas áreas de atuação? E que, entre as comunicações conclusivas, deve destacar-se a que reitera a impossibilidade de que as imagens do Sudário tenham sido uma pintura feita na Idade Média?